Olá.
Quase dois anos depois, resolvo escrever novamente.
Será que meus sessenta anos influenciaram?
Então, recomeço com um texto que escrevi sobre a idade.
Envelhecer
Por Mara
Cheguei aos sessenta. Me lembro dos 15, doida pra fazer 18 e ser “independente”. Que engano.
Depois dos 18, os outros vieram voando.
Aos 20, cheia de animação e sonhos. Intolerante, chata e implicante.
Aos 30 e poucos, se aquietando, casando e preparando a barrigada. Ainda chata.
Aos 40, ainda animada com o trabalho, ainda sonhando com alguma coisa interessante que pudesse surgir.
Aos cinquenta? ah! filhos adolescentes e os sonhos transferidos para eles. Não os meus sonhos, apenas sonhos com a felicidade deles.
Enfim, os 60 chegaram. Expectativas? Será? Pagar meia entrada no teatro e cinema. Aposentadoria, ainda que um salário mínimo, que será meu. Tentar viajar pra outra cidade sem pagar passagem graças ao estatuto do idoso. Idoso?
Não me sinto idosa mas também não estou na melhor idade como tentam nos enganar. O lado bom é que aprendi a não me estressar com coisas pelas quais não temos controle, por entender os jovens, por aceitar as mudanças da sociedade sem me cobrir de preconceitos.Isso a idade me deu.
Mas, melhor idade? E a dor nos joelhos, nas costas. A barriguinha que não acaba, as rugas que dão cria a cada noite que durmo. Filho voando e o ninho meio vazio com a certeza que um dia estará vazio por completo.
Mas prefiro as dores da idade sabendo que ainda estou por aqui, por perto das crianças, hoje adultas, que eu parí.
Não me sinto diferente de ontem, para hoje, mas copiando minha amiga Graça. Hoje tenho mais passado que futuro e, se me permitido for, quem sabe ainda vou ver outros lugares do mundo, filhos gerando filhos, amigos sendo felizes.
Obrigada a Deus pela minha vida, pelos meus 60.
Obrigada pai e mãe pela educação que me deram.
Obrigada ao Victor por me aguentar.
Obrigada João Victor e Marina por serem o que são. Boas pessoas, excelentes filhos.
Obrigada Magda e Soraya por estarem por perto.
Obrigada pelos tantos amigos que fiz nessa caminhada.
Quase dois anos depois, resolvo escrever novamente.
Será que meus sessenta anos influenciaram?
Então, recomeço com um texto que escrevi sobre a idade.
Envelhecer
Por Mara
Cheguei aos sessenta. Me lembro dos 15, doida pra fazer 18 e ser “independente”. Que engano.
Depois dos 18, os outros vieram voando.
Aos 20, cheia de animação e sonhos. Intolerante, chata e implicante.
Aos 30 e poucos, se aquietando, casando e preparando a barrigada. Ainda chata.
Aos 40, ainda animada com o trabalho, ainda sonhando com alguma coisa interessante que pudesse surgir.
Aos cinquenta? ah! filhos adolescentes e os sonhos transferidos para eles. Não os meus sonhos, apenas sonhos com a felicidade deles.
Enfim, os 60 chegaram. Expectativas? Será? Pagar meia entrada no teatro e cinema. Aposentadoria, ainda que um salário mínimo, que será meu. Tentar viajar pra outra cidade sem pagar passagem graças ao estatuto do idoso. Idoso?
Não me sinto idosa mas também não estou na melhor idade como tentam nos enganar. O lado bom é que aprendi a não me estressar com coisas pelas quais não temos controle, por entender os jovens, por aceitar as mudanças da sociedade sem me cobrir de preconceitos.Isso a idade me deu.
Mas, melhor idade? E a dor nos joelhos, nas costas. A barriguinha que não acaba, as rugas que dão cria a cada noite que durmo. Filho voando e o ninho meio vazio com a certeza que um dia estará vazio por completo.
Mas prefiro as dores da idade sabendo que ainda estou por aqui, por perto das crianças, hoje adultas, que eu parí.
Não me sinto diferente de ontem, para hoje, mas copiando minha amiga Graça. Hoje tenho mais passado que futuro e, se me permitido for, quem sabe ainda vou ver outros lugares do mundo, filhos gerando filhos, amigos sendo felizes.
Obrigada a Deus pela minha vida, pelos meus 60.
Obrigada pai e mãe pela educação que me deram.
Obrigada ao Victor por me aguentar.
Obrigada João Victor e Marina por serem o que são. Boas pessoas, excelentes filhos.
Obrigada Magda e Soraya por estarem por perto.
Obrigada pelos tantos amigos que fiz nessa caminhada.
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